quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

Confraternização de Fim de ano.






No último dia 30 de Novembro fizemos no Estúdio o encerramento do ano letivo da Turma de estudantes dos encontros das segundas-feiras "Linguagem e Estética Fotográfica". No encontro foi feito um amigo oculto com troca de fotografias. O sorteio foi concorrido e o nível das fotografias "Fine Art".
Em Março de 2010 reiniciaremos o curso com novos debates, novas abordagens, sempre em busca da formação da "mente fotográfica".
Agradeço aqui a participação de todos, desejando um Feliz Natal, Próspero Ano Novo e o retorno de todos no próximo ano.
Grande Abraço
David Aguilar

LOMO cada vez mais popular!






O termo Lomografia deriva do nome das máquinas fotográficas soviéticas Lomo, que em plena guerra fria foram produzidas em massa com o intuito de documentarem o estilo de vida soviético visto pelos seus próprios intérpretes.
Na década de 90' o "ocidente" descobriu as Lomo que rapidamente deram origem a uma cultura própria, do quotidiano urbano, cujo lema é disparar sem pensar, sem limites, sem regras. A arte de fotografar com uma Lomo consiste em disparar o obturador ao acaso, de forma imprevisível, e a sua genialidade provém dessa particularidade: a Lomografia não é uma fotografia encenada, produzida, é tão só uma fotografia criativa do quotidiano, um estado de espírito de voyeurismo constante...
Aqui um resumo da história da Lomografia:
Na Primavera de 1991, de férias em Praga, dois estudantes austríacos, Mathias Fielg e Wolfgang Stranzinger, conheceram uma câmara fotográfica estranha, de nome LC-A ou Kompact Automat, que quase parecia um brinquedo. Ao experimentá-la, descobriram que os filmes revelados exibiam imagens perfeitas fosse qual fosse o modo como tinham fotografado. Quando a desmontaram perceberam o seu segredo: uma lente com uma definição invulgar que, devido à sua grande luminosidade, permitia inclusivamente fotografar à noite, sem flash.
A Kompact, dotada de um visor magnífico e de um dispositivo de focagem rápido, possui um sistema automático de exposição que mantém o diafragma aberto até se obter a exposição correta (prioridade de diafragma), o que pode demorar até 30 ou mais segundos. As características da objetiva produzem ainda na fotografia um traço inconfundível: uma vinheta escura semelhante a uma moldura
Em 1992, fruto do seu entusiasmo, Stranzinger e Fielg fundaram a "Lomographic Society International" e difundiram por toda a Europa as extraordinárias qualidades desta preciosidade que não tardou a gerar um movimento batizado de "Lomografia".
A Lomo tem um passado político: é uma relíquia da extinta União Soviética e surgiu em 1982, quando o general Igor Petrowitsch Kornitzky, do Ministério Russo da Indústria e da Defesa, amante da fotografia, e encantado com uma diminuta câmara japonesa, ordenou ao director da Leningradskoye Optiko Mechanichesckoye Obyedinenie - Empresa Óptica e Mecânica de Leningrado - a fabricação em massa de máquinas fotográficas pequenas, robustas e fáceis de usar. A ideia, que se revelou brilhante, consistia em colocá-las no mercado doméstico para que os soviéticos pudessem captar flagrantes do seu estilo de vida. A partir daí a Lomo transformou-se num poderoso instrumento de propaganda soviética e a Leningradskoye lançou então a Lomo LC-A ou Kompact Automat, que foi vendida não só na URSS, mas também no Vietnam, Alemanha Oriental e Cuba.
Alguns dos outros modelos da Lomo, que desde aí têm feito as delícias dos aficionados, chegam a ser completamente inusitados: uns permitem fotografar com diferença de tempo de até dois segundos por fotograma, alguns possuem flash, outros ainda permitem fragmentar a imagem em 4 ou 9 quadros no mesmo fotograma, em takes consecutivos a partir de pontos de vista ligeiramente diferentes, e outros, pasme-se, mal possuem um visor, o que torna virtualmente impossível conseguir um controle mínimo sobre o resultado final da fotografia, com imagens imprevisíveis muitas vezes com resultados criativos muito interessantes.
Em 1994, a Lomographic Society International promoveu o primeiro grande evento: uma grande mostra internacional simultânea em Nova York e Moscou, expondo murais de 10 mil Lomografias que retratavam o dia-a-dia das duas cidades. Este ano, a LSI foi convidada pela cidade de Londres e pelo London Design Festival para inaugurar o festival deste ano com uma exposição: um retrato do mundo em fotografias, a exposição LomoWorldWall, de 17 a 23 de Setembro, que contou com mais de 100.000 imagens mostradas ao ar livre na Trafalgar Square.
A Lomografia tornou-se movimento que não para de crescer com as várias Embaixadas Lomográficas espalhadas pelo mundo e com uma legião de adeptos que fazem da Lomografia uma nova abordagem da arte do voyeurismo militante, caminhando a passos largos para a concretização de um objetivo: o LomoWorldArchive, um registo visual do mundo graças às fotografias dos lomógrafos de todo o planeta.

Câmeras fotográficas antigas - 1840/1880











Modelos de construção artesanal em sua maioria, estes modelos de câmeras formam a base do desenvolvimento tecnológico que se seguiu à entrada dos grandes fabricantes de câmeras no mercado. O período da formação da linguagem fotográfica é também um período de experimentação e inovações em busca de qualidade e praticidade na captura de imagens. Vejam que obras-primas!

EU QUERIA SER - Livro da fotógrafa Priscila Prade







O que Sandy, Júnior, Jorge Ben Jor, Marcelo D2, Luiza Possi e Fernanda Abreu têm em comum? Além da boa voz, todos eles encarnaram seus ídolos na frente da fotógrafa Priscila Prade, que reúne os melhores cliques e lança o livro “Eu Queria Ser”, no dia 14 de dezembro.

A proposta de fotografar famosos transvestidos de outros famosos surgiu em 2003, com a coluna homônima para a revista da MTV. A recepção do público e dos artistas foi tão grande que Priscila manteve o projeto mesmo com o fim da revista, e agora lança o ensaio fotográfico com 55 famosos, publicado pela editora Master Books.

Entre as personalidades fotografas estão: Sandy, de Mulher-Gato; Eliana, de Marilyn Manson; Jorge Ben Jor, de George Washington; Nasi, de Wolverine; Fernanda Abreu, de Prince; Luiza Possi, de Alex, do filme Laranja Mecânica; entre outros.

Irving Penn no MOMA em NY







Exposição no MoMA, em Nova York, traz as obras do renomado fotógrafo

Está aberta uma exposição com obras de Irving Penn no Museu de Arte Moderna de Nova York. A mostra, que reúne imagens da coleção do próprio museu, é um tributo ao importante fotógrafo que faleceu há, exatamente, dois meses.
Está aberta uma exposição com obras de Irving Penn no Museu de Arte Moderna de Nova York. A mostra, que reúne imagens da coleção do próprio museu, é um tributo ao importante fotógrafo que faleceu há, exatamente, dois meses.

O Olhar Feminino






A partir do dia 11 de dezembro o Instituto Cervantes traz para São Paulo a exposição “Subjetivo Feminino: um olhar latino-americano “, das fotógrafas brasileiras Claudia Jaguaribe e Flavia Junqueira e das argentinas Nicola Constantino e Erica Bohm.

Oposto à preocuparação estética e objetiva dos retratos e paisagens fotógraficas, as quatro mulheres extrapolam os limites concretos destas duas formas e, de forma pessoal e subjetiva, apresentam trabalhos dignos de produções cinematográficas.

A natureza robotizada e digitalizada de Claudia Jaguaribe assemelha-se a ficção científica, o nevoeiro sombrio nas paisagens de Erica Brohn é digno de filmes de terror, a cartonização das fotografias de Flavia Junqueira quase que pertecentes aos filmes de Tim Burton e os autos retratos videocliptícos de Nicola Constantino poderiam ser muito bem expostos em rolo projetores. Imperdível, não?!

A exposição fica em cartaz até o dia 30 de janeiro de 2010.